segunda-feira, 21 de março de 2011

qual são os maleficios da ginastica localizadas

Se a atividade for feita de maneira incorreta podem causar muitos maleficios a saúde, como problemas posturais..

O Professor Saúde responde!

qual obeneficio do pentatlo para a saude

Mesclar diferentes tipos de exercícios, o que resulta em um trabalho de quase todas as partes do corpo.

O Professor Saúde responde!

sábado, 29 de maio de 2010

Equinoterapia




Por Darío Montero*

O Terramérica visitou uma fazenda nos arredores da capital uruguaia, onde as pessoas que sofrem problemas emocionais, dependentes químicos, autisimo ou síndrome de Down se beneficiam da eqüinoterapia.

MONTEVIDÉU, 12 de junho (Terramérica).- Decidida e rapidamente, Matilde, uma menina hiperativa de 12 anos com síndrome de Down, entra em comunhão com um cavalo no estabelecimento rural de eqüinoterapia do fisiatra uruguaio Néstor Nieves. A interação com o animal funciona como um estimulador múltiplo para a garota. Quem a guia é um especialista em psicomotricidade, um dos sete filhos de Nieves e sua mulher, a educadora Ana María Reyes, que realizam esta experiência em uma fazenda alugada. a cerca de 30 minutos de automóvel do movimentado centro de Montevidéu.

A eqüinoterapia “se baseia no aproveitamento das qualidades naturais do cavalo para buscar a reabilitação integral do indivíduo, concebido como um ser psicossocial portador de uma ou múltiplas deficiências, que integra harmonicamente saúde, educação e equitação”, diz um folheto escrito pelo já falecido Carlos Barboza, médico e co-fundador da aventura de Nieves, na não-governamental Associação Nacional de Reabilitação Eqüestre (Anre). “São muito poucas as patologias que não se beneficiam da interação com o cavalo. A relação com este animal gera vínculos com a equipe interdisciplinar, age como estimulador múltiplo na área motora, com seu movimento tridimensional e repetitivo”, diz Barboza no texto.

Néstor Nieves explica ao Terramérica os avanços obtidos com a eqüinoterapia em pessoas com as mais distintas patologias físicas, psíquicas e sociais, enquanto recebe seus primeiros pacientes, em uma manhã de domingo, banhada por um acolhedor sol de outono. O passeio a cavalo pode durar até uma hora e meia, chegando, inclusive, à horta orgânica vizinha, e inclui outras aproximações com o animal, como a escovação e a preparação da montaria. “Trabalhamos com três eixos temáticos: educação, saúde e emergência social”, conta Nieves, enquanto sua mulher inicia um trabalho paciente com Matilde. A mãe e o irmão mais novo da menina também se integram à tarefa e ao entorno, descarregam tensões e participam de seus progressos evidentes.

“Supõe-se que um indivíduo, com o passo do cavalo, faça 1,8 mil ajustes tônicos, o que gera estímulos psicológicos”, descreve o especialista. A tarefa é multidisciplinar e envolve médicos, fisiatras, educadores, psicólogos, terapeutas ocupacionais e pediatras. Os pacientes são pessoas com amputações, distrofia muscular, lesões medulares, cegueira, surdez, autismo, síndrome de Down, transtornos emocionais, dependentes químicos, retardamento mental e uma dezena mais de patologias. A isso se somam jovens expulsos do sistema educacional ou trabalhista devido à profunda crise econômica pela qual o país passa, como ressalta Nieves, que se considera em constante aprendizado. Para isso, mantém estreitas ligações com experiências de terapias integracionais de longa data em Cuba e de eqüinoterapia no Brasil, França e Espanha, entre outros países, além de intercâmbios com chilenos, peruanos e mexicanos.

As origens da eqüinoterapia são ancestrais, e há cerca de 70 anos foi retomada de maneira sistemática no norte da Europa, enquanto os pioneiros na América são os brasileiros, que hoje contam com cerca de 200 centros. Nieves acredita que um congresso mundial, marcado para agosto, no Brasil, ajudará a desenvolver o sistema com um enfoque social no país e na região. Paradoxalmente, este médico começou na eqüinoterapia em meio a um apinhado complexo habitacional que reúne cerca de 70 mil pessoas, em um populoso bairro de Montevidéu. “Esse meio não era adequado, e por isso há seis anos mudamos para o campo”, explica, assegurando que seu estabelecimento “tem coisas mágicas”.

Como afirma, em conjunto com a mulher, o trabalho com os cavalos mudou a vida de toda a família. “Nos abriu o mundo da terapia ocupacional”, por exemplo. O objetivo final da experiência da terapia com cavalos é passar de um sistema de saúde assistencialista, imperante no Uruguai e em quase toda a América Latina, para um sistema de integração, includente e socializante. “É, definitivamente, a busca da mudança desse modelo para incorporar a reabilitação”, deixada de lado porque implica reinserção social, somente possível quando se dá à pessoa oportunidades de trabalho ou estudo, no caso dos mais jovens, disse Nieves.

A meta é espalhar pelo país escolas agrárias que incluam deficientes, jovens desempregados e desertores do ensino secundário, um projeto apresentado ao governo do presidente Tabaré Vázquez tão logo este assumiu (em março de 2005) e que está a ponto de se tornar realidade. Trata-se de aproveitar cerca de 30 escolas rurais inativas e outras 700 pouco utilizadas para desenvolver as fazendas educativas. “É hora de unir os centros de todo o país”, destaca Nieves. O ponto de partida foi a aliança entre a Anre e a Associação Cubana de Proteção Animal, uma organização não-governamental que funciona com a aprovação do Ministério da Cooperação Estrangeira. Agora é a fase para o convênio de país a país, no qual já se trabalha.

* O autor é subdiretor da IPS para a América Latina e o Caribe.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Esteroides Anabolizantes

O uso crescente de anabolizantes artificiais com fins estéticosnos nos Estados Unidos é classificada como uma "Epidemia silenciosa". Pesquisas recentes mostram que 7% dos estudantes colegiais americanos já foram ou são usuários de anabolizantes e que 9% dos que freqüentam academia os consomem regularmente. É a droga mais encontrada nos exames antidoping feitos pelo Comitê Olímpico Internacional.

No Brasil, embora não tenham sido feitos levantamentos capazes de quantificar o uso dos esteróides anabólicos, pode-se afirmar que o consumo cresce assustadoramente entre a população jovem. E isso acontece sem o menor controle das autoridades da saúde, porque não há no país uma regulamentação destinada a normatizar a venda desses medicamentos. Grande parte dos produtos anabolizantes consumidos internamente vem do exterior e é comercializada no mercado negro. Desenvolvidos na década de 1950, os anabolizantes ou esteróides anabólicos são produzidos a partir do hormônio masculino testosterona, potencializando sua função anabólica, responsável pelo desenvolvimento muscular, e reduzindo o efeito androgênico, que responde pelas características masculinas, como timbre de voz, pêlos do corpo, crescimento de testículos. Quando administrada no organismo, essa substância entra em contato com as células do tecido muscular e age aumentando o tamanho dos músculos. Em doses altas, os anabolizantes aumentam o metabolismo basal, o número de hemácias e a capacidade respiratória. Essas alterações provocam uma redução da taxa de gordura corporal. As pessoas que os consomem ganham força, potência e maior tolerância ao exercício físico. Sem grandes esforços, elas atingem a meta de mudar a aparência rapidamente e a um preço acessível — uma ampola custa em média R$ 7 nas farmácias do país.

Embora essas drogas venham com uma tarja na embalagem alertando que o produto deve ser usado com indicação médica, no Brasil qualquer pessoa pode comprá-las sem receita em farmácias e academias. Muitos dos anabolizantes consumidos pelos jovens brasileiros têm uso veterinário no exterior ! Estudos científicos mostram que o uso inadequado de anabolizantes pode causar sérios prejuízos à saúde, como problemas cardíacos, hipertensão arterial, distúrbios psicológicos provocados pelo aumento da agressividade, complicações hepáticas (hepatotoxidade) e redução de hormônios sexuais.

DEFINIÇÃO :

Esteróides são hormônios, responsáveis pela harmonia das funções vitais do organismo. São compostos químicos sintéticos que imitam os efeitos anabólicos da testosterona, tendo a propriedade de ativar o metabolismo protéico, retendo o nitrogênio e aumentando a atividade do RNA. Além dos esteróides nosso organismo também possui outros hormônios tais como a insulina, o glucagon, os hormônios da tiróide e outros. Existem três categorias de esteróides :

  • Estrógenos ( hormônio feminino ) produzido pelo ovário, produz os caracteres sexuais femininos;
  • Andrógenos ( hormônio masculino ) produzido pelos testículos, produz os caracteres masculinos;
  • Cortizona que é produzida por ambos os sexos, tem efeito analgésico e anti-inflamatório.


Os esteróides anabólicos são um subgrupo de andrógenos

Os efeitos desejáveis com a administração dos esteróides são:

  • Aumento da síntese protéica;
  • Diminuição da fadiga;
  • Aumentar a retenção de glicogênio;
  • Favorecer o metabolismo dos aminoácidos
  • Inibir a atuação do cortisol ( hormônio catabólico), liberado pelo stress. Também torna o organismo mais suscetível à gripes e resfriados por suprimir os mecanismos imunológicos.
  • Promover um balanço nitrogenado positivo;
  • Aumento da força de contratilidade muscular.

TIPOS DE ANABOLIZANTES :

Foram produzidos vários tipos de esteróides anabólicos pela indústria farmacêutica:
Supositórios, cremes, selos de fixação na pele e sublingual, porém os mas consumidos são os: orais e os injetáveis.

ORAIS : Via comprimido, na sua ingestão passa pelo estômago, é absorvido pelo
intestino, processado pelo fígado, então vai para acorrente sangüínea. Como o fígado é responsável pela destruição de qualquer corpo estranho no organismo, vários esteróides estavam sendo destruídos através de um processo chamado 17 alpha alcalinização. A alcalinização provoca uma sobrecarga no fígado que acaba danificado por um esforço para combater algo que não consegue processar.

INJETÁVEIS : Os esteróides injetáveis são menos nocivos do que os orais, por não
passar por um processo de alcalinização. Esse tipo de esteróide passa pela corrente sangüínea via muscular, e umas das vantagens é que a base oleosa permanece na corrente sangüínea com uma longa duração, visto que o óleo demora para se dissipar no local da aplicação devido a sua viscosidade. As desvantagens dos anabolizantes injetáveis é que são mais tóxicos para os rins e são desconfortáveis devido a sua forma de aplicação: "injetável".



EFEITOS COLATERAIS :

Inúmeros efeitos colaterais de longo e curto prazo são relacionados com o uso de esteróides anabólicos. Veja abaixo, alguns já conhecidos :

  • Calvície;

  • Acne;

  • Agressividade;

  • Hipertensão arterial;

  • Hipertrofia da próstata;

  • Limitação do crescimento;

  • Hepatotoxidade;

  • Impotência sexual;

  • Esterilidade;

  • Insônias;

  • Cefaléias;

  • Aumento do mau colesterol LDL;

  • Diminuição do bom colesterol HDL;

  • Ginecomastia (surgimento de seios);

  • Selamento das epífises ósseas;

  • Coronáriopatias (complicações cardíacas);

  • Enrijecimento das articulações;

  • Atrofia testicular;

  • Em mulheres, além dos acima citados podem ocorrer:

  • Virilização;

  • Crescimento de pelos;

  • Engrossamento da voz;

  • Hipertrofia do clitóris;

  • Distúrbios menstruais e ovulatórios.



sábado, 8 de maio de 2010

Ginastica Localizada


Ginástica Localizada


Uma das mais tradicionais formas de fazer exercícios físicos é a ginástica localizada.

Sem dúvida nenhuma ela é a campeã de participantes nas academias. As salas de ginástica localizada vivem lotadas de alunos assíduos prontos para muita transpiração e malhação.

O nome ginástica localizada é colocada pela forma como ela é feita, com os exercícios priorizando séries para cada segmento muscular ou pelos segmentos articulares.

Dentro de uma sala de ginástica, muita música e agitação para deixar os alunos no ritmo da malhação. O professor comanda os exercícios, as séries a serem feitas e as correções para a execução perfeita do movimento.

Durante uma aula de ginástica encontramos alunos com diferentes tipos de desenvolvimento, por isso é necessário a presença constante de um professor para orientar a intensidade do exercício para cada aluno. Assim todos vão estar fazendo a mesma aula, mas cada um com o seu ritmo sem o risco de dores ou contusões.

A aula de ginástica localizada dura em media 60 minutos e deve ser feita pelo menos 3 vezes na semana, para que os efeitos benéficos sejam alcançados com sucesso.

Pelo fato de boa parte da aula ser de forma aeróbia, há uma melhora no sistema cardiorrespiratório. O aluno ainda terá um fortalecimento dos músculos de forma geral, de acordo com a variedade de exercícios realizados, incluindo exercícios com pesos e bastões. É uma ótima forma de adquirir saúde e deixar o corpo bonito.







Fernando Santos Fernandez -
Formado pela UNIMONTE e com
Pós-Graduação na Faculdade de Educação Física de Santos

terça-feira, 16 de março de 2010

Anorexia


Anorexia nervosa
Anorexia nervosa é um distúrbio alimentar resultado da preocupação exagerada com o peso corporal, que pode provocar problemas psiquiátricos graves. A pessoa se olha no espelho e, embora extremamente magra, se vê obesa. Com medo de engordar, exagera na atividade física, jejua, jejua, vomita, toma laxantes e diuréticos.
É um transtorno que se manifesta principalmente em mulheres jovens, embora sua incidência esteja aumentando também em homens. Às vezes, os pacientes anoréxicos chegam rapidamente à caquexia, um grau extremo da desnutrição e o índice de mortalidade chega a atingir 15% a 20% dos casos.

Sintomas
·Perda exagerada de peso em curto espaço de tempo sem nenhuma justificativa. Nos casos mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a 17;
·Recusa em participar das refeições familiares. Os anoréxicos alegam que já comeram e que não estão mais com fome;
·Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos. Esses pacientes chegam a ingerir apenas 200kcal por dia;
·Interrupção do ciclo menstrual (amenorréia) e regressão das características femininas;
·Atividade física intensa e exagerada;
·Depressão, síndrome do pânico, comportamentos obsessivo-compulsivos;
·Visão distorcida do próprio corpo. Apesar de extremamente magras, essas pessoas julgam-se com excesso de peso;
·Pele extremamente seca e coberta por lanugo (pêlos parecidos com a barba de milho).

Causas
Diversos fatores favorecem o aparecimento da doença: predisposição genética, o conceito atual de moda que determina a magreza absoluta como símbolo de beleza e elegância, a pressão da família e do grupo social e a existência de alterações neuroquímicas cerebrais, especialmente nas concentrações de serotonina e noradrenalina.

Recomendações
·Algumas profissões são consideradas de risco para a anorexia. Bailarinas, jóqueis, atletas olímpicos, precisam estar atentos para a pressão que sofrem para reduzir o peso corporal;
·A faixa etária está baixando nos casos de anorexia. A família precisa observar especialmente as meninas que disfarçam o emagrecimento usando roupas largas e soltas no corpo e se recusam a participar das refeições em casa;
·Às vezes, os familiares só se dão conta do que está acontecendo quando, por acaso, surpreendem a paciente com pouca roupa e vêem seu corpo esquelético, transformado em pele e osso. Nesse caso, é urgente procurar atendimento médico especializado;
·O ideal de beleza que a sociedade e os meios de comunicação impõem está associado à magreza absoluta. É preciso olhar para esses apelos com espírito critico e bom senso e não se deixar levar pela mensagem enganosa que possam expressar;
·Se o paciente anoréxico estiver correndo risco por causa da caquexia e dos distúrbios psiquiátricos deve ser internado num hospital para tratamento médico.

Tratamento
A reintrodução dos alimentos deve ser gradativa. Caso contrário provocaria grande sobrecarga cardíaca. Às vezes, é necessária a internação hospitalar para que essa oferta gradual de calorias seja controlada por nutricionistas.
Não há medicação específica para a anorexia nervosa. Medicamentos antidepressivos podem ajudar a atenuar sintomas depressivos, compulsivos e de ansiedade. Em geral, o tratamento de pacientes anoréxicos exige o trabalho de equipe multidisciplinar.

Fonte: Drauzio Varella


sexta-feira, 12 de março de 2010

Esporte Adaptado



O Esporte Adaptado

A realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil e no mundo revela poucas oportunidades para engajamento em atividades esportivas, seja com objetivo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regular.

A prática de atividade física e/ou esportiva por portadores de algum tipo de deficiência, sendo esta visual, auditiva, mental ou física, pode proporcionar dentre todos os benefícios da prática regular de atividade física que são mundialmente conhecidos, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social do indivíduo.

As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos portadores de deficiências físicas como os portadores de seqüelas de poliomielite, lesados medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros, possui valores terapêuticos evidenciado benefícios tanto na esfera física quanto psíquica.

Quanto ao físico, pode-se ressaltar ganhos de agilidade no manejo da cadeira de rodas, de equilíbrio dinâmico ou estático, de força muscular, de coordenação, coordenação motora, dissociação de cinturas, de resistência física; enfim, o favorecimento de sua readaptação ou adaptação física global (Lianza, 1985; Rosadas, 1989 e Souza, 1994). Na esfera psíquica, podemos observar ganhos variados, como a melhora da auto-estima, integração social, redução da agressividade, dentre outros benefícios ( Alencar, 1986; Souza, 1994; Give it a go, 2001).

A escolha de uma modalidade esportiva pode depender em grande parte das oportunidades que são oferecidas aos portadores de deficiência física, da sua condição sócio-econômica, das suas limitações e potencialidades, da suas preferências esportivas, facilidade nos meios de locomoção e transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo familiar, de profissionais preparados para atende-los, dentre outros fatores.

Diversos autores como Guttman (1976b), Seaman (1982), Lianza (1985), Sherrill (1986), Rosadas (1989), Souza (1994), Schutz (1994) e Give it a go (2001), e ressaltam que os objetivos estabelecidos para as atividades físicas ou esportivas para portadores deficiência, seja esta física mental, auditiva ou individual devem considerar e respeitar as limitações e potencialidades individuais do aluno, adequando as atividades propostas a estes fatores, bem como englobar objetivos, dentre outros:

  • Melhoria e desenvolvimento de auto-estima, autovalorização e auto-imagem;

  • o estímulo à independência e autonomia;

  • a socialização com outros grupos;

  • a experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações;

  • a vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração;

  • a melhoria das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);

  • melhoria na força e resistência muscular global;

  • ganho de velocidade;

  • aprimoramento da coordenação motora global e ritmo;

  • melhora no equilíbrio estático e dinâmico;

  • a possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição;

  • prevenção de deficiências secundárias;

  • promover e encorajar o movimento;

  • motivação para atividades futuras;

  • manutenção e promoção da saúde e condição física

  • desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária

  • desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.

Os jogos organizados sobre cadeira de rodas forma conhecidos após a Segunda Guerra Mundial, onde esta tragédia na história da humanidade fez com que muitos dos soldados que combateram nas frentes de batalha voltassem aos seus países com seqüelas permanentes. Porem este evento, terrível, proporcional ao portador de deficiência, melhores condições de vida, pois os deficientes pós-guerra eram heróis e tinham o respeito da população por isto, bem como uma preocupação governamental (Guttman, 1981, Adms e col., 1985; Alencar, 1986 Cidade e Freitas, 1999).

O pós-guerra, de acordo com Assumpção (2002), criou uma situação emergencial, onde a construção de centros de reabilitação e treinamento vocacional, em todo o mundo foi extremamente necessária. Os programas de reabilitação destes diferentes centros perceberam que os esportes eram um importante auxiliar na reabilitação dos veteranos de guerra que adquiriram algum tipo de deficiência.

As atividades desportivas foram introduzidas em programas de reabilitação pelo Dr. Ludwig Guttmann no Centro de Reabilitação de Stoke Mandeville no ano de 1944, como parte essencial no tratamento médico de lesados medulares, auxiliando na restauração e manutenção da atividade mental e na autoconfiança (Guttmann, 1981).

Concordando com o Dr. Guttmann, Sarrias (1976), ressalta que o esporte pode ser um agente fisioterapêutico atuando eficazmente na reabilitação social e psicologia do portador de deficiência, não devendo ser considerada apenas como uma atividade recreativa.

Os jogos paraolímpicos aconteceram oficialmente em 1960 em Roma, sendo instituída pela Organização Internacional de Esportes a realização dos Jogos Paraolímpicos após a realização das Olimpíadas (Alencar, 1986).

Souza (1994), enfatiza que o esporte adaptado deve ser considerado como uma alternativa lúdica e mais prazerosa, sendo este parte do processo de reabilitação das pessoas portadoras de deficiências físicas.

A ACMS (1997), relata que um programa de atividades físicas para os portadores de deficiência física devem observar a princípio se a adaptação dos esportes ou atividades mantendo os mesmos objetivos e vantagens da atividade e dos esportes convencionais, ou seja, aumentar a resistência cardio-respiratória, a força, a resistência muscular, a flexibilidade, etc. Posteriormente, observar se esta atividade possui um caráter terapêutico, auxiliando efetivamente no processo de reabilitação destas pessoas.

Um outro ponto a considerar na elaboração de atividades para os portadores de necessidades educativas especiais, em destaque aqui o portador de deficiência física, é a necessidade de adaptação dos materiais e equipamento, bem como a adaptação do local onde esta atividade será realizada.

A redefinição dos objetivos do jogo, do esporte ou da atividade se faz necessário, para melhor adequar estes objetivos às necessidades do processo de reabilitação. Assim como reduzir ou aumentar o tempo de duração das atividades, mas sempre com a preocupação de manter os objetivos iniciais atingíveis.

A realização de atividades físicas, esportivas e de lazer com deficientes, tem que respeitar todas as normas de segurança, evitando novos acidentes, deve-se estar atento a todos os tipos de movimentos a serem realizados, auxiliar o deficiente sempre que necessário, e estimular sempre o desenvolvimento da sua potencialidade.


Modalidades Esportivas

As modalidades esportivas para os portadores de deficiências físicas são baseadas na classificação funcional e atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades olímpicas são o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação, futebol, halterofilismo, iatismo, natação, rugby, tênis de campo, tênis de mesa, tiro e voleibol ( ABRADECAR, 2002). Apresentaremos algumas das modalidades esportivas, as mais conhecidas, que podem ser praticadas pelos deficientes físicos, sendo:

Arco e flecha: Esta modalidade esportiva pode ser praticada por atletas andantes como amputados ou por atletas usuários de cadeiras de rodas como os lesados medulares. Todas as deficiências físicas podem participar desta modalidade esportivas, respeitando estas duas categorias, em pé e sentado. A participação em competições e o sistema de resultados são semelhantes à modalidade convencional olímpica.

Atletismo: As provas de atletismo podem ser disputadas por atletas com qualquer tipo de deficiência em categorias masculina e feminina, pois os atletas são divididos por classes de acordo com o seu grau de deficiência, que competem entre si nas provas de pistas, campo, pentatlo e maratona. Esta é uma modalidade esportiva que sofre freqüentes modificações, visando possibilitar melhores condições técnicas para o desenvolvimento desta modalidade.

Basquetebol sobre rodas: é jogado por lesados medulares, amputados, e atletas com poliomielite de ambos os sexos. As regras utilizadas são similares à do basquetebol convencional, sofrendo apenas algumas pequenas adaptações.

Bocha: Esta modalidade esportiva foi adaptada para paralisados cerebrais severos. O objetivo do consiste em lançar as bolas o mais perto possível da bola branca.

Ciclismo: Neste esporte participam atletas paralisados cerebrais, cegos com guias e amputados nas categorias masculina e feminina, individual ou por equipe. Pequenas alterações foram realizadas nas regras do ciclismo convencional, melhorando a segurança e a classificação dos atletas de acordo com sua deficiência, possibilitando adaptações nas bicicletas. Os atletas participam de provas de estrada, velódromo e contra-relógio.

Equitação: Os deficientes físicos participam deste esporte apenas na categoria de habilidades. Para esto é necessário analisar os possíveis deficientes que podem participar.

Esgrima: Este esporte é praticado por atletas usuários de cadeira de rodas como os lesados medulares, amputados e paralisados cerebrais em categorias masculina ou feminina. Estes atletas participam das modalidades de espada, sabre e florete, sendo provas individuais ou por equipes. Para participação em eventos competitivos todos os atletas são presos ao solo, possuindo os movimentos livres para tocar o corpo do adversário.

Futebol: Nesta modalidade esportiva, sendo que o atleta portador de paralisia cerebral compete na modalidade de campo e o atleta amputado compete na modalidade de quadra. Alterações nas regras como o número de jogadores, largura do gol e da marca do pênalti estão presente.

Halterofilismo: Esta modalidade esportiva é aberta a todos os atletas portadores de deficiência física do sexo masculino e feminino. A divisão de acordo com o peso corporal em 10 categorias.

Iatismo: Todos os atletas deficientes podem participar, as modificações são realizadas apenas no equipamento e na tripulação, não havendo alterações nas regras da competição.

Lawn Bowls: é um esporte similar a Bocha, sendo este aberto à participação de todas os portadores de deficientes físicas.

Natação: As regras são as mesmas da natação convencional com adaptações quanto as largadas, viradas e chegadas. As provas são variados e os estilos abrangem os estilos oficiais. As competições são realizadas entre atletas da mesma classe. Podem participar desta modalidade esportiva portadores de qualquer deficiência, sendo agrupados os portadores de deficiência visual e os demais.

Racquetball: Este esporte pode ser praticado por atletas paralisados cerebral, é possui características similares ao tênis de mesa.

Rugby em cadeira de rodas: Esta modalidade foi adaptada para lesados medulares com lesões altas - tetraplégicos - que realizam um jogo com bola de voleibol com objetivo de marcar pontos ao fazer com que a bola ultrapasse uma determinada linha no fundo da quadra.

Tênis de campo: Esporte realizado em cadeiras de rodas, independente do tipo de deficiência física que o atleta possua nas categorias masculina e feminina. As regras sofrem apenas uma adaptação em relação ao tênis de campo convencional, sendo esta que a bola pode quicar duas vezes, a primeiro pingo deverá ser dentro da quadra. As categorias são: masculino e feminino, individual e em duplas.

Tênis de mesa: Deficientes físicos como o lesado cerebral, lesado medular, amputados ou portador de qualquer tipo de deficiência física pode-se participar desta modalidade esportiva, onde as provas são realizadas em pé ou sentado. As provas podem ser realizadas em duplas e individuais, sendo a classificação de acordo com o nível de deficiência. As regras sofrem poucas modificações, em relação ao tênis de mesa convencional.

Tiro ao alvo: Esporte aberto a atletas com qualquer tipo de deficiência física do sexo masculino ou feminino, nas categorias sentado e em pé. As equipes podem possuir atletas de ambos os sexos e diferentes tipos de deficiência física. As provas podem ser realizadas utilizando pistola ou carabina.

Voleibol: Poderá ser praticado por atletas Lesados medulares que participaram da modalidade de voleibol sentado e os amputados, que participarão desta modalidade em pé.


Comentario final

A participação de portadores de deficiência física em eventos competitivos no Brasil e no mundo vem sendo ampliada. Por serem um elemento ímpar no processo de reabilitação, as atividades físicas e esportivas, competitivas ou não devem ser orientadas e estimuladas, visando assim possibilitar ao portador de deficiência física, mesmo durante seu programa de reabilitação alcanças os benefícios que estas atividades podem oferecer, visando uma melhor qualidade de vida.