domingo, 28 de fevereiro de 2010

Atividade Fisica par Terceira idade



Fazer exercícios traz benefícios em qualquer idade, melhorando muito a qualidade de vida. Longevidade e qualidade de vida tem tudo a ver, pois todos desejam viver muito, mas com saúde, bem estar, um bom condicionamento físico e se possível no seu peso ideal

Se você não fizer um esforço físico nem mantiver uma dieta alimentar balanceada, provavelmente não terá alguns benefícios e não desfrutará de uma boa qualidade de vida.O envelhecimento fisiológico não acompanha necessariamente a idade cronológica, pois isto varia de pessoa para pessoa, levando em conta muitos fatores, mas principalmente o estilo de vida de cada um.Há pessoas de 60 anos com um condicionamento físico e qualidade de vida melhor do que algumas de 30 anos. O sedentarismo é sem dúvida, um poderoso inimigo para quem deseja uma vida saudável. Com o passar dos anos, a partir de 30 anos, você vai perdendo massa muscular, flexibilidade, força, equilíbrio, massa óssea, além de aumentar a gordura corporal. Há uma série de modificações nos diferentes sistemas do organismo, seja a nível antropométrico, muscular, cardiovascular, pulmonar, neural ou de outras funções orgânicas que sofrem efeitos deletérios, além do declínio das capacidades funcionais e modificações no funcionamento fisiológico.

O exercício físico é, com certeza um grande aliado e pode prevenir e retardar este processo de envelhecimento. Assim, sendo, principalmente os idosos devem se manter ativos visando principalmente:


- Aumento da autonomia e sensação de bem-estar
- Aumento da força muscular
- Manutenção ou melhora da flexibilidade
- Maior coordenação motora e equilíbrio
- Maior sociabilidade
- Melhora do condicionamento cardio respiratório
- Controle do peso corporal
- Diminuição da ansiedade e depressão
- Maior independência pessoal
- Ajuda no tratamento e prevenção de doenças, entre outros.

A hora é agora! Não deixe para depois. Invista em você e num futuro cheio de alegria. Para isto um fator se torna essencial. É importante que o idoso escolha uma atividade que ele sinta prazer, para não abandonar a atividade. Desta forma se torna mais fácil, manter uma regularidade. Vale a pena, experimentar várias atividades físicas até encontrar a que melhor se adapta ao seu perfil.

Dentre os exercícios, ele deverá fazer:
- Exercícios aeróbios de baixo impacto como caminhadas, mas poderá fazer também bicicleta, transport, hidroginástica etc...
de 5x a 6x por semana de 30 a 60 minutos.
- Exercícios com peso como a musculação 3x a 5x por semana.
- Alongamentos, Yoga, Pilates entre outras atividades que também promovam uma maior flexibilidade e mobilidade articular, de 3x a
6x por semana.



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Produto Diet e Light, como diferenciar?


























Estes produtos estão por toda parte, espalhados nas pratileiras de supermercado, nas despensas, em lachonetes e etc, os produtos vão desde leite, iogurtes, pães, geléias, refrigerantes, requeijão, chocolates, barras de cereais até comidas pré-cozidas.

Os produtos diet e light se multiplicam rapidamente e estão cada vez mais presentes na vida dos consumidores brasileiros. Contudo, apesar do aumento significativo no consumo, será que as pessoas sabem diferenciar os produtos diet dos light?

Na busca por um peso saudável, as pessoas usam e abusam destes produtos, algumas vezes com exagero e sem a orientação de um nutricionista. Muitas pessoas relacionam produtos diet com açúcar e light com gordura. Algumas pesquisas já realizadas, revelaram que maior parte da população desconhece as características desses produtos, o seu real conceito.

É importante entender o termo diet e light, de maneira que se possa escolher o produto de acordo com as necessidades e restrições. De acordo com o Ministério da Saúde, alimentos dietéticos são aqueles produzidos de forma que sua composição atenda às necessidades de indivíduos com exigências físicas, metabólicas, fisiológicas e/ou de doenças específicas. Nesses casos podem ser incluídos os indicados para as dietas com restrição de açúcar ou de sal, gorduras, colesterol e proteínas.

Os alimentos industrializados são denominados produtos alimentícios derivados de um alimento in natura ou de matéria-prima alimentar, adicionado ou não de outras substancias permitidas, obtidos por processo tecnológico adequado, podemos dizer que, os alimentos modificados são aqueles aos quais se agregam, subtraem (total ou parcialmente) um ou mais ingredientes em relação ao alimento convencional correspondente.

DIFERENÇA DOS PRODUTOS DIET E LIGHT

DIET: De acordo com a legislação, são produtos onde ocorre uma redução bastante severa de um determinado nutriente que pode ser qualquer um, e não somente o açúcar, como pensam, e, o alimento chamado diet para açúcares, por exemplo, necessita ser isento ou conter no máximo 0,5% de açúcares em sua composição, sendo indicados para as pessoas que precisam de dietas específicas, como é o caso dos diabéticos que não podem consumir açúcar e estes são substituídos por adoçantes.
Mas, isso não quer dizer que apenas por ser diet, um produto esteja liberado para os diabéticos, pois pode conter açúcar e terem dele retirado apenas o colesterol, por exemplo. "Para que o portador do diabetes possa consumir um alimento dietético, obrigatoriamente deve vir especificado na embalagem que o mesmo não contém açúcar".

LIGHT: São produtos que apresentam uma redução de pelo menos 25% de qualquer dos ingredientes normais, como: açúcares, gordura saturada, gorduras totais, colesterol e sódio, ou seja como ocorre com os diet, os nutrientes restringidos nos produtos light podem ser vários. Só que, nesse caso, ocorre uma redução em relação ao original.

ATENÇÃO
Quem consome produtos diet apenas com a finalidade de está “sempre na linha” também deve ficar atento. Às vezes, os alimentos dietéticos engordam mais do que os originais. Isso acontece com o chocolate diet, por exemplo, não possui adição de açúcar, e para conservar sua consistência após a retirada do açúcar, ganha muito mais gordura, fazendo com que sua quantidade calórica fique bem maior do que o chocolate convencional.

Um diabético pode consumi-lo em quantidades moderadas, mas não são recomendados para pessoas que querem emagrecer.
Ter cuidado com alguns alimentos como: as geléias dietéticas, apesar da ausência do açúcar refinado em sua preparação, contêm bastante frutose, um açúcar de velocidade de absorção menor do que a glicose, mas também capaz de aumentar as calorias da alimentação diária do diabético.

Se for consumida em grande quantidade, além de fornecer muitas calorias, também pode contribuir para alterações, como o aumento de gordura no sangue. Outro produto dietético que merece cuidado é a banana passa, pois a banana só já favorece o aumento rápido do açúcar no sangue e quando essa fruta é dessecada sua caloria aumenta ainda mais.

Alguns produtos diet e light que contém em sua fórmula o ciclamato sódico, por exemplo, é contra-indicado para hipertensos e portadores de problemas renais. É encontrado em adoçantes e vários refrigerantes.

DICAS IMPORTANTES:

. Adquira o hábito de ler os rótulos das embalagens para não se deixar enganar. Observe além do valor calórico, à composição do produto pois o desconhecimento e conceitos equivocados podem induzir a erro, com sérias conseqüências à saúde.

. Os produtos diet e light quando consumidos em excesso contribuem para uma dieta hipercalórica.

. Em relação aos adoçantes, os melhores para quem não deseja engordar são os que vêm em gotas, porque os que são em pó, imitando o açúcar refinado, geralmente contêm lactose ou frutose, que têm mais calorias do que os em forma líquida.

. Mais importante que adquirir um produto diet ou light, é adotar uma alimentação variada e equilibrada, tanto na quantidade como na qualidade dos alimentos.

Considerando todos esses aspectos, torna-se importante para o consumidor conhecer melhor esses produtos, a fim de saber se estão sendo realmente efetivos para o seu objetivo.


Michele Oliveira de Lima
Nutricionista/CRN-5405 Especialista em Obesidade e Emagrecimento
michelelima.nutricionista@hotmail.com

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Os Beneficios da Natação



A natação é uma técnica antiga em que muitas pessoas desconhecem todos os benefícios que ela oferece. Especialistas afirmam que começar a praticar ainda quando bebê, ajuda a desenvolver um sistema respiratório mais resistente a doenças e alergias. É um esporte completo, pois mexe com toda a musculatura do corpo. Além disso, com a amortização do impacto dos movimentos físicos pela água, a probabilidade de sofrer uma lesão é praticamente nula. Quem nada chega a perder aproximadamente 600 calorias por hora, enrijecendo os músculos e definindo a silhueta. A modalidade também melhora a respiração e a coordenação motora. Além de todos os benefícios físicos que oferece, a natação também relaxa a mente e ativa a memória, garantindo uma ótima oxigenação para o cérebro. E não podemos esquecer que também é um grande combatente do estresse, já que com a grande concentração exigida na hora da respiração e nos movimentos, faz com que você alivie as tensões e esqueça um pouco dos problemas do dia-a-dia. Saiba um pouco mais sobre os estilos e seus benefícios: Peito / Clássico. Os músculos mais exigidos nesse estilo são os peitorais e aqueles localizados na parte anterior da perna, entre o pé e o joelho (flexores tipiais). Costas. Trabalha os músculos das costas, barriga, bumbum, peito e parte anterior das coxas. Borboleta. É ótimo para fortalecer ombros e braços e exige uma ótima coordenação entre pernas e braços. Crawl. Ajuda na definição muscular das costas e braços. É um estilo que permite que você nade por um longo período de tempo e com rapidez, favorecendo para quem quer emagrecer.
Fonte: grupobimbo



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dor após os exercícios


Quem já não sentiu dor depois de fazer exercícios, principalmente quando se inicia uma atividade física? A dor é inevitável tanto para iniciantes como para atletas, mas o importante é saber até que ponto ela é considerada normal ou se está se tornando maléfica.

Se você é iniciante, se está sem praticar exercícios há muito tempo, qualquer atividade irá causar dores musculares no dia seguinte podendo se prolongar até mais dois dias. Isto porque o organismo precisa de um tempo para se adaptar a novos esforços.

No sistema muscular, irá ocorrer microrrupturas nos grupos musculares solicitados durante o exercício e acúmulo de ácido láctico, gerando no organismo um processo de defesa que leva a
um processo inflamatório. Além da parte muscular, você também
irá sentir novas adaptações em outros sistemas como o metabólico, o cardiovascular, etc.

Se você fizer o mesmo treino por um determinado período (em média de 2 a 3 meses) o seu organismo irá se adaptar a intensidade do exercício feito e esta dor irá desaparecer aos poucos.

Mas sempre que você fizer exercícios físicos ou atividades físicas diferentes ou aumentar a intensidade dos exercícios que já está fazendo ou ainda ficar um tempo sem fazer os exercícios e voltar aos mesmos proporcionando novos estímulos ao corpo, esta dor aparecerá.

Os treinos mais intensos darão maior probabilidade a que isto aconteça, por isso os atletas também aprendem a conviver com a dor e evitar lesões. Não é que seja preciso sentir dor para fazer exercícios, e que estes surtam efeito, aliás, se você sente dor durante o exercício é sinal de que está forçando além do que deve ou que já é hora de parar e diminuir o ritmo ou a intensidade do exercício.

Agora tudo depende do seu objetivo. Se você quer melhorar a sua performance, aumentar a massa muscular e melhorar o seu condicionamento cardiorespiratório deverá trabalhar com limites e treinos mais intensos podendo causar estas dores musculares nos dias seguintes ao exercício executado.

Se você treinou e sentiu dor no dia seguinte, procure treinar outros grupos musculares ou fazer atividades com menor intensidade para não piorar a situação. Por isso é muito importante fazer uma avaliação física antes de iniciar os exercícios e conhecer exatamente o seu nível de condicionamento, trabalhando de forma adequada com a intensidade certa que possa lhe proporcionar melhora no rendimento sem causar lesões, respeitando o seu limite.

Fazer compressas de gelo, que é um processo antiinflamatório, pode ajudar a diminuir a inflamação nos músculos. Faça pelo menos 2x por dia por 10 minutos.

Algumas pessoas precisam tomar um antiinflamatório, mas nestes casos é essencial que um médico faça a prescrição do melhor medicamento para você.

Não esqueça de fazer muito alongamento antes e depois dos exercícios, pois estes também ajudam a relaxar a musculatura depois do esforço.

Respeite o período de repouso não treinando o mesmo grupo muscular em dias seguidos ou alternando atividades intensas com atividades moderadas em dias seguidos.

Se estiver com muita dor não treine. Descanse!

Fonte: Valéria Alvin Igayara de Souza
CREF 7075/ GSP



terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Alimentação na atividade física


Quando o assunto é alimentação e atividade física, a maioria das pessoas não sabe ao certo, o que se deve comer antes e depois dos exercícios físicos. Iremos abordar aqui a alimentação para aqueles que praticam alguma atividade física, pois ela poderá influenciar diretamente na disposição do indivíduo e no resultado final de uma atividade física realizada com êxito.

Existe uma interdependência entre uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos que irá garantir uma boa qualidade de vida. O indivíduo considerado ativo mantém o corpo e suas atividades vitais em constante exercício, evitando o surgimento de doenças e da obesidade, sendo que esta última pode ser evitada através de um aumento do gasto energético.

Orientações para quem deseja uma boa alimentação aliada aos exercícios físicos

É preciso comer antes e depois
É muito importante não iniciar um exercício em jejum, pois a energia que o seu corpo irá utilizar será a que provém dos carboidratos e na ausência desta, este processo natural não ocorrerá obrigando desta forma o corpo a utilizar outra fonte alternativa, as proteínas, por exemplo, o que irá comprometer a função delas. Deve-se durante o dia realizar no mínimo cinco refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar, todos eles intercalados por pequenos lanches). Procure sempre conciliá-las para que elas possam ocorrer antes e depois do exercício. A ausência do alimento, poderá provocar fraqueza e indisposição prejudicando assim o desempenho do indivíduo e suas funções orgânicas.

Evite a desidratação
Outra dica muito importante e bastante conhecida é quanto à hidratação corporal. Durante a prática da atividade física deve-se ingerir bastante líquido, antes mesmo que venha surgir à sensação de sede, a fim de evitar a desidratação.

Alimentação balanceada
A prática de exercícios físicos isoladamente não garante uma boa qualidade de vida. É preciso manter também uma boa alimentação. Ela deve ser rica em carboidratos, onde o glicogênio, que é a principal forma de armazenamento, será a fonte de energia utilizada durante o exercício do corpo. As fibras e os cereais integrais (aveia, pão integral, granola, arroz integral entre outros) devem ser priorizados; como também as frutas, verduras e legumes devem estar diariamente nas refeições.
Quanto às proteínas, elas devem ser consumidas em menor quantidade quando comparada aos carboidratos. Ela será a fonte de aminoácidos para o corpo. Leite e derivados, carnes e ovos supre facilmente as recomendações de proteínas, que seria 10-15% do valor energético total, considerando uma dieta de 2000kcal. O excesso de proteínas pode sobrecarregar os rins devido às altas taxas de filtração de compostos nitrogenados.
As gorduras devem compor a dieta em mínimas quantidades, mas não devem ser excluídas totalmente da alimentação. Elas servirão de transporte para as vitaminas lipossolúveis e também como reserva energética.

Dieta tem que ser individual
Para quem está acima do peso ou deseja ganhar massa muscular, muitas vezes sente-se tentado a adotar “dietas prontas” ou até mesmo pertencentes a pessoas próximas. Aderir a uma dieta alheia ou inventada é perigoso, pois ela foi feita para atender as necessidades nutricionais de outro indivíduo e não as suas. Um nutricionista poderá orientá-lo quanto a uma alimentação saudável que irá garantir seus objetivos sem prejudicar suas funções corporais.

Manter o corpo em movimento e uma dieta saudável é a combinação ideal para quem deseja viver bem e com saúde. Além disso, esta prática contribui para uma velhice com saúde e vitalidade para realizar funções diárias que nessa fase começa a se torna um pouco mais difíceis.

Esperamos que essas dicas possam ajudá-lo a melhor preparar sua alimentação para conseguir ainda mais resultados positivos em sua atividade física.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Obesidade Infantil


Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, a obesidade já atinge 10% das crianças e 20% dos adolescentes brasileiros. Ela está presente em todas as classes sociais e já se tornou um problema de saúde pública.

As causas da obesidade são muitas: má alimentação, sedentarismo, antecedentes familiares, hormonal.

As conseqüências são várias: aumento de colesterol, risco de contrair diabetes e doenças cardiovasculares, problemas respiratórios e ortopédicos, provocados pela sobrecarga de peso, com lesão do sistema ósteoarticular, principalmente nos períodos de estirão do crescimento.

Bebês estão sendo superalimentados com leite em pó

Segundo um estudo produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), muitos bebês, que usam o leite em pó como principal alimento, estão sendo superalimentados nos seus primeiros meses de vida, o que pode explicar, em parte, por que a obesidade infantil vem aumentando tanto nos últimos 20 anos.

Algo de mágico deve existir no leite materno, porque as necessidades calóricas dessas crianças que são alimentadas exclusivamente de leite materno são cerca de 7% menor do que aquelas que se alimentam de leite em pó.

No mesmo sentido, vários países do mundo vêm estudando o papel da amamentação no peito na prevenção da obesidade. A relação existe, embora o mecanismo não seja totalmente entendido. Mas existem hipóteses que vão em três direções, e que podem ser complementares. Pela abordagem comportamental, amamentar no peito seria um sinal de que a mãe dá mais tempo e cuidados ao bebê. Desta forma, também continuaria se ocupando de sua alimentação depois que ele deixa o peito.

A segunda hipótese seria a da auto-regulação que o aleitamento proporciona ao bebê, que mama apenas o quanto precisa e pára quando está satisfeito. Na mamadeira as mães sempre acabam forçando, pois querem que o bebê ''tome tudo''.

Finalmente, a terceira explicação seria um estudo desenvolvido por uma equipe do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, EUA, que revelou que o leite materno contém uma proteína capaz de diminuir o risco de obesidade. Foi verificada a presença de altos níveis de uma proteína, a adiponectina, que regula como o corpo processa açúcares e as substâncias gordurosas do leite. Para os cientistas, a presença desta proteína no leite materno pode influenciar a obesidade do futuro adulto.

ERRO INICIAL

Em geral, os bebês preferem sabores doces e salgados aos amargos e azedos. Essa preferência tem uma explicação evolucionária: o doce é indicativo da quantidade de energia da comida, e a aversão a azedos e amargos uma forma de proteção contra alimentos estragados. Daí se chamar de ''paladar infantil'' aquela pessoa que só aceita sabores mais primários.

Quanto mais a criança for estimulada em experimentar o paladar de alimentos de sabores mais delicados, menos tolerante ela será ao excesso de sal e do açúcar, que é a condição ideal para a alimentação mais natural e integral.

Infelizmente, o inverso da equação também dá certo, ou seja, quando a criança se acostuma com refeições muito doces ou salgadas, acaba não conseguindo apreciar o sabor mais sutil de frutas e legumes.

A família toda deve ser envolvida na reeducação alimentar, senão não funciona. Dar o exemplo é fundamental. Educação alimentar talvez seja a melhor expressão, pois é como se muitas crianças - e adultos também - fossem analfabetas no assunto. Assim como quase tudo na vida, comer é algo que se aprende, e para isso o paladar deve ser treinado. Nesse processo, além do exemplo, pesa a determinação dos pais - que também precisam ser ''educados'', é claro.

Vale a pena insistir em apresentar um novo alimento à criança, em vez de ceder na segunda vez que ela disser que não gosta. Segundo estudos, é preciso oferecer uma comida nova cerca de dez vezes a uma criança até ela se familiarizar com o alimento.

Carinho que alimenta

Segundo pesquisa da psicóloga Patrícia Spada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a obesidade infantil muitas vezes decorre de uma dificuldade de comunicação entre a mãe e seu filho, desde antes da fala. Patrícia avaliou 92 mulheres com filhos obesos, de até 10 anos, em que a doença não tinha causas hormonais.

''Muitas mães de crianças obesas demonstram dificuldade em perceber o que o filho quer quando chora, que pode ser por fome, mas também pode ser por frio e necessidade de carinho. Acabam fazendo da comida o único vínculo entre eles'', explica a psicóloga. Assim, o ato de comer passa a ser fonte não só de energia, mas também de afeto.

Pais não querem enxergar a obesidade dos filhos

Pais de crianças e adolescentes custam admitir que seus filhos estão acima do peso, segundo uma pesquisa (Hospital Derriford, em Plymouth, Inglaterra) com os pais de 277 crianças obesas, quando apenas 25% deles admitiam que seus filhos estavam com excesso de gordura corporal.

Um terço das mães e um pouco mais da metade dos pais disseram que elas estavam com o peso "normal". Tal fato pode sinalizar uma relutância em admitir um problema ou por comodismo, já que estar acima do peso se tornou algo comum.

Mas para resolver tal problema é fundamental o reconhecimento e a participação dos pais. Afinal, é quase impossível que as crianças resolvam esse problema sozinhas.

Dizer que criança gordinha é criança saudável é coisa do passado. Hoje é consenso que criança saudável é aquela que está dentro do seu peso e tem uma alimentação equilibrada. Sabemos que 80% das crianças obesas se tornarão adultos obesos. E quanto mais cedo essa obesidade se apresentar, mais doenças associadas a ela vão surgir. Diabetes, hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicérides levam a doenças do coração e problemas ortopédicos. E, pasmem, a obesidade está ligada até ao câncer.

Para saber se seu filho está acima do peso, o médico irá calcular o IMC (peso dividido pela altura ao quadrado) e aplicá-lo a uma curva de crescimento.

Crianças obesas têm mais chance de doença cardíaca

Pesquisadores da Universidade de Tulane, EUA, baseados no mais recente estudo sobre a obesidade infantil, afirmam que crianças com excesso de gordura corporal tendem a ter o ventrículo esquerdo do coração maior quando crescem, aumentando as chances de doenças cardíacas.

Os dados mostram uma necessidade de prevenir problemas de peso ainda na infância, evitando sobrecarregar o coração com carga extra da pressão sanguínea, e outros problemas de saúde correlatos, que podem contribuir para uma mudança na estrutura do coração.

Promover uma mudança no estilo de vida das crianças é a melhor maneira de combater o avanço da obesidade infantil.

Apesar da desnutrição ainda ser uma realidade brasileira, 70 milhões de brasileiros (40% da população), estão acima do peso adequado.

Levantamento nacional feito em 1975 e 1997 mostra que a obesidade aumentou de 8% para 13% em mulheres, de 3% para 7% em homens e de 3% para 15% em crianças.

E segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% em 20 anos. Esse dado assustador se deve aos hábitos alimentares inadequados e pouca atividade física.

Além do sedentarismo que atinge nossas crianças, os alimentos tradicionais da cultura brasileira (arroz, feijão, carne, saladas, legumes e frutas) foram substituídos por alimentos industrializados de alto valor calórico, mas nutricionalmente pobres (caloria vazia). Nos lanches, ao invés de frutas ou sanduíches leves, as crianças comem salgadinhos industrializados, frituras, biscoitos recheados e refrigerantes.

A solução para esse grave problema de saúde pública, é promover mudanças no estilo de vida da população.

  1. Praticar atividades físicas diariamente por pelo menos 30 minutos: caminhar, andar de bicicleta, jogar bola, correr, nadar. Temos de incentivar a prática da atividade física prazerosa e criativa. A atividade física adequada depende da aptidão e da escolha da criança. Exercitando-se com prazer, ela não abandona o esporte.
  2. Fazer todas as refeições com os alimentos adequados para cada uma delas: café da manhã, lanche, almoço, lanche vespertino, jantar e ceia.
  3. Não substituir água e sucos naturais por refrigerantes ou sucos artificiais.
  4. Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes diariamente, em especial os da estação.
  5. As refeições devem ser feitas à mesa, com tranqüilidade.

Nunca é tarde para ensinar bons hábitos alimentares aos nossos filhos. E quanto mais cedo começarem as mudanças, melhor. Instalar hábitos alimentares saudáveis aos três anos é mais fácil do que quando a criança está com 10 anos. Se a criança já está gordinha, sinal de problema e não é hora de cruzar os braços e deixá-la comer o que quiser. Tratado o problema no seu início as chances dela tornar-se um adulto obeso ou com um manequim padrão são as mesmas: de 50%. Já um adolescente obeso reduz para cerca de 20% a sua probabilidade de vir a ter um peso normal um dia, se não interromper o ciclo vicioso que o leva a comer em excesso.

Dez erros a serem evitados

  • 1. Brincadeiras e distrações: hora de comer é hora sagrada, evitar distrações, visitas, telefonemas, fazer aviãozinho. Cuidado com os mimos e a manha;
  • 2. Sempre dizer sim: criança sem limites abusa na quantidade e na péssima escolha do alimento. Deve-se buscar ser mais liberal em outras situações;
  • 3. Ceder ao primeiro não gosto disso: a criança tende a dizer que não gosta do que nunca provou. Cada um pode comer o que quiser, mas experimentar é fundamental;
  • 4. Comida como recompensa: ''coma esta salada para ganhar a sobremesa'' passa a idéia de que salada não é bom e que a sobremesa é tudo de bom;
  • 5. Lanches fora de hora: o ideal são 6 refeições diárias, e evitar beliscar fora de hora;
  • 6. Chantagem: ''se não comer a cenoura, não ganha presente''. Isso só vai aumentar o ódio que a criança sente dos legumes;
  • 7. Substituir refeições: não quer arroz e feijão, então toma só a sobremesa. Esse erro é muito comum, e se a criança conseguir uma vez, vai repetir a estratégia sempre;
  • 8. Tornar o comer na rua um programão: a comida de casa vai ficar meio sem graça;
  • 9. Falta criatividade na comida: a criança vai enjoar;
  • 10. Dar o exemplo: não adianta mandar tomar sucos e beber refrigerante.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Gagueira ... Ansiedade pode piorar o problema !

A Ansiedade e a tensão podem agravar a gagueira. Segundo a psicóloga Bruna Aguiar de Oliveira, manter a calma, respeitar o seu próprio tempo, respirar corretamente, praticar exercícios indicados pelo fonoaudiólogo, estar em acompanhamento psicológico, fazer atividades físicas e de relaxamento regularmente podem oferecer resultados animadores no tratamento contra a gagueira.














O educador físico César Lobo, 32, começou a apresentar gagueira aos cinco anos de idade. ``Na época era muito tímido e ansioso. Lembro quando estava na sexta-série e precisei apresentar um trabalho para a turma. Estava com tanta vergonha que, mesmo sabendo qual palavra deveria falar, tive um bloqueio. Naquela época disse que nunca conseguiria ser professor``, relembra. Hoje, sabendo controlar mais a ansiedade, ele se orgulha de ter conseguido transpor a barreira e ser professor de educação física. O esporte também teve influência positiva no tratamento da gagueira. ``Na minha vida eu sempre fui muito prático e tentei facilitar o que era difícil. Simplesmente comecei a enfrentar o problema e não colocar mais pressão. Essa atitude amenizou 90% da minha gagueira``, afirma.

Fonte: O povo online